Entrevista com Rafaela Polanczyk


Hello pessoal! Tudo bem? Mias uma entrevista, a autora da vez é a Rafaela Polanczyk autora da série O Rei Perdido. Espero que gostem. Vamos lá? 

Blog: Oi Rafaela! Tudo bem? Fale-nos um pouco sobre você.

Autora: Oi! Eu sou Rafaela Polanczyk, tenho 18 anos e estudo Ciências Biológicas (eu sei, nada a ver com livros, mas estou amando o curso). Desde pequena sempre gostei de ler, principalmente por influência dos meu avô e de professores (que inclusive faziam competições de leitura entre os alunos – rsrs). Acho que o livro que me fez ficar viciada mesmo em literatura foi Desventuras em Série e desde quando li essa coleção, foi vício total em ler outros livros de ficção e aventura. Comecei a escrever com 13 anos, por incentivo desse mesmo avô que me fez apaixonar por livros, e continuo até hoje vivendo entre os diversos mundos que a literatura nos proposrciona.

Blog: Como surgiu a ideia de escrever o Rei perdido?

Autora: Meu avô! Eu tinha ido ver Harry Potter com ele no cinema, e quando estávamos voltando pra casa, encontramos uma árvore bem grande e grossa, com cara de contos de fadas. Meu avô estava a observando e comentou: “Imagina se tivesse um mundo mágico aí dentro? Com fadas, dragões, bruxos, magia?”. E então a história surgiu em minha mente! Minha irmã estava com a gente e também tinha começado a criar sua própria história, e mais tarde ela me contou algumas ideias e começamos a escrever alguns rascunhos. Eu fui em frente e comecei a escrever, criar outras ideias, expandir o mundo que criei e tudo o mais. Ela até tinha gostado da ideia, mas não tinha vontade, e deixou pra lá. E assim surgiu O Rei Perdido!


Blog: Como foi trabalhar a criação de mundo e a construção de personagens?

Autora: Foi bem legal poder criar meu próprio mundo com minha própria mitologia e até mesmo criar animais estranhos. Em parte isso aconteceu porque eu queria ter a flexibilidade de fazer o que eu quisesse na história sem me prender em nenhum mundo ou mito já existente, por outro lado, eu também não queria ter o “trabalho” de pesquisar por uma mitologia já existente e correr riscos de errar informações. Então de certo modo, criar Jolebon foi mais fácil que eu imaginava. Parece que a história vinha e se encaixava; ou, se não encaixava, outras informações surgiam até tudo fazer sentido. E eu deixava minha mente criar coisas estranhas mesmo, tipo aqueles Straptucos, os Capetas-da-Terra; eu precisava arranjar um jeito de Raul e Layla abrirem as portas para Quinon, e a ideia para essas criaturas surgiu em um momento oportuno. Quanto aos personagens, tentei criar personagens fortes, mas também humanos. Não queria que eles parecessem invencíveis. Queria que fosse verídico com a situação. Então se Raul parece ser bom demais para um mero adolescente que acabou de fugir de casa, tem um motivo. Se Layla parece ser dramática demais também tem um motivo. Outros personagens eu criei porque a história pedia. Por exemplo, Layla é uma menina muito independente e determinada, quer sair lutando e batendo em todo mundo até conseguir o que quer. Então se eu não tivesse criado Darkus, ela seria uma adolescente sem limites, e isso não faria bem para o enredo (sem contar que Darkus é um cara muito legal, Jolebon não seria o mesmo sem ele – hehe).

Blog: Como foi escrever a continuação Império Subterrâneo?

Autora: Ao longo do primeiro livro, ideias já iam surgindo para uma continuação. Eu percebi que eu estava criando um mundo com muita coisa para explorar, e eu queria ver até onde Jolebon podia me levar. Sem contar que muitas perguntas não ficam respondidas no primeiro, o que abriu a brecha perfeita para encaixar um outro enredo dentro de um mundo que deixou muitas duvidas para os leitores, e para mim. Então a ideia do segundo surgiu quando eu queria criar uma explicação por trás de Perversus. Eu até falo um pouco disso no final do primeiro, mas não era o suficiente. Eu queria mostrar para todos o que eram aqueles espíritos negros possuindo as pessoas pela magia do portal, e quem era aquela mestra de Perversus que sabia mexer com magia negra. Além disso, queria me aprofundar no passado de Layla, falar um pouco sobre a mãe e o pai dela, falar um pouco também sobre os pais de Raul e Kaila (que não aparecem tanto quanto eu queria que aparecessem), e explicar melhor o que está acontecendo com os deuses. E claro, desenvolver o projeto de romance que tinha para Rayla.

Blog: A série é composta por quantos livros? E o que podemos esperar das futuras continuações?

Autora: A série vai ser uma trilogia. O terceiro está quase pronto, por sinal. Só falta eu criar vergonha na cara para escrever o último capítulo e também dar um jeito na parte editorial (que é uma parte muito complexa que eu nem sei como vou resolver). Eu sou suspeita para falar, mas esse terceiro livro... Não costumo enaltecer minhas obras, porque sei que tem muita coisa boa e até melhor que elas, mas esse desfecho que estou dando está até mesmo me surpeendendo. De novo vou tentar explicar coisas que ficaram por ser explicadas, e dessa vez vou revelar muito mais sobre o passado e os deuses de Jolebon, que até o momento não tiveram muito protagonismo no livro. Inclusive, vou mexer com a origem de Jolebon e dos humanos, e com vilões que até mesmo a mestra de Perversus teme. Quanto ao que esperar da narração em si, nquanto que o primeiro o foco era Raul e também a ação, e o segundo o foco era a Layla e os sentimentos dela, no terceiro eu meio que divido esse foco, então tem muita ação e sentimento, tanto de Layla, quanto de Raul.

Blog: Seus personagens foram inspirados em alguém ou até mesmo em algum personagem de filme, livro ou até mesmo jogo?

Autora: Talvez de maneira indireta eles tenham sido inspirados em outros personagens sim, principalmente em aspectos psicológicos. Por exemplo Darkus foi meio que inspirado em Haymitch de Jogos Vorazes, e eu coloco na Layla uns toques de Katniss e rebeldia. Então acho que da relação Haymitch-Katniss que surge um pouco da relação Darkus-Layla. Só que entre os meus personagens tem toda uma questão de um passado que eles tem juntos, já que Darkus era grande amigo do pai de Layla, e também tem um pouco da questão de Darkus considerar Layla quase que uma filha, já que ela não tem mais os pais com ela. Os cachos de Layla foram inspirados nos cachos de Lira, de A Bússola de Ouro. Eu amo esse livro, e eu amava a Lira (apesar de ter uma raiva das coisas que ela tramava) e os cachos loiros vieram dela, bem como o jeito meio mimado e teimoso de ser. Kaila foi inspirada naquelas loiras de filmes americanos que gosta de mandar nos mais novos. E acho que se eu analisar cada personagem melhor, vou encontrar alguma semelhança entre ele e outros personagens de outros livros que já li.   

Blog: Quais são os seus projetos em andamento?

Autora: Além do terceiro livro (que ainda não tem nome, por sinal), estou tentando escrever algo com minha amiga no Wattpad. O livro é mais ficção científica, sobre viagens no tempo e mutações genéticas. Tem muita coisa pra melhorar nele ainda, por isso também estamos enrolaaaando para terminar. Ele se chama MOSAICO (é tudo maiúsculo mesmo). Agora eu tenho outros projetos em “andamento”. Ponho as aspas porque são ideias que eu já tenho, são histórias que vou sim escrever, mas eu ainda não tive o tempo para realmente me dedicar e levar em frente, já que estou me dedicando mais aos livros que já publiquei e também à MOSAICO (e à faculdade e essas outras coisas da vida). Essas outras histórias vão ser também de fantasia, e vai ser uma mistureba, não tão voltado ao público infanto-juvenil. É uma ideia que eu já tenho há um bom tempo, e tem uma pegada meio folclórica, misturado com coisas que peguei emprestado da história do Brasil colonial, misturado com cavaleiros da Idade Média, misturado com coisas que surgiram na minha mente. Acho que vai sair algo bem legal... Espero...

Blog: O quanto de você há em seus personagens? E com qual se identifica mais?

Autora: Eu acho que meus personagens tem pouco de mim. Eles tem mais coisas que eu queria ter, na verdade. Eu ia gostar de ter um pouco mais da paciência de Raul, da teimosia e esperteza da Layla (as vezes ela pode ser um pouco lerda, mas relevamos isso rsrsrs), do carinho da Senhora Beninton, da força e agilidade de Darkus, e até mesmo um pouco do charme e carisma de Perversus (ele é um vilão bem diva as vezes...).

Blog: Se tivesse que criar uma trilha sonora pra série, qual música não poderia faltar?

Autora: Nossa... Que pergunta difícil... Quando penso em Jolebon sempre penso naquelas músicas instrumentais meio folclóricas, com flautas de bambu, instrumentos de corda, e pessoas batendo palma e talvez rindo. Não conheço o nome de nenhuma música assim. Também penso naquelas músicas que sempre tem em partes tensas de filmes, com um celo tocando bem lentamente no grave ou então em partes mais emocionantes penso em uma batida de tambor estilo Abrahams Daugther ou algo meio Crônicas de Narnia.

Blog: Com quantos anos começou a escrever? E quem mais te apoiou nessa carreira? 

Autora: Comecei a escrever com 13 anos, e recebi muito apoio do meu avô e também das minhas amigas que acompanhavam meus capítulos. Só depois que o livro ficou pronto (e que meus pais ficaram sabendo que eu tinha um livro pronto) foi que surgiu o apoio do resto da família, que também foi muito importante no processo de edição, publicação e divulgação da obra.

Blog: O que você tem a dizer pra aqueles que assim como você sonham em algum dia publicar um livro.

Autora: Publique! Eu sei... péssima dica... A verdade é que não tem muito o que dizer. Se esse é seu sonho, corra atrás, porque é simplesmente o melhor sentimento do mundo receber de seus leitores respostas positivas. Participar de eventos, fazer palestras, ir para feiras, ficar em pé durante sete horas em um estande de Bienal para vender seu livro, tirar foto sorrindo ao lado de alguém que acabou de comprar sua obra, tudo isso (e muito mais) são coisas que só quem escreve e pública faz, e são imperdíveis se é isso que você quer para sua vida, ou pelo menos para parte dela (talvez a parte de ficar em pé durante sete horas não seja tão imperdível assim). Eu sei que encontrar editoras realmente é algo muito difícil, quase impossível, mas sempre tem aquelas menores ou então gráficas que imprimem por um preço bom. Quando damos um jeito, tentamos encontrar contatos, corremos atrás de outros autores mais experientes, nós entendemos melhor o caminho para realizar esse sonho. E não seja tímido que nem eu que resolveu não colocar fotinho na orelha do primeiro livro, com vergonha das pessoas descobrirem quem eu era. Cara, você escreveu UM LIVRO. Merece ter fotinho em todos os cantos de todos os lugares!
É isso! Espero que tenha gostado de me conhecer melhor e das dicas que eu tentei dar.

17 comentários

  1. *-* tô emocionada.
    Tão bom de ver jovens como ela levando a escrita a sério com influência do avô, isso é nobre. E tudo começou apenas com uma ideia bem simples.
    E um avô que dá tanto apoio a ela, é de honrar certamente.
    Espero que ela faça muito sucesso.
    Beijinhos, Helana ♥
    In The Sky, Blog / Facebook In The Sky

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  2. Olá!!

    Sempre bom conhecer novos talentos! Eu adorei a Rafaela.
    Me emocionei quando ela falou do avô, lembrei do meu que sempre me incentivou também em tudo.
    Desejo todo sucesso à autora.

    bjs
    Fernanda
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br

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  3. Ola
    Nossa amei conhecer a autora e sua obra, adorei a relação dela com o avô, e saber como ela criou e cuida do mundo dela, fiquei bem curiosa.
    Beijos

    www.poyozodance.blogspot.com.br

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  4. Ooi! As ideias surgem em momentos menos esperados <3 Eu conheço o título do livro, mas não sabia do que se tratava, e parece ser uma história bem bacana. Fico muito feliz em ver jovens como eu já no mundo das publicações de livros, e isso me deixa emocionada também.
    Gostei de conhecê-la um pouco mais!
    Beeijos e sucesso para o blog, e para a autora entrevistada.

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  5. Olá,

    Não conheço a obra da autora, mas fiquei curiosa para conferir depois dessa entrevista, ela parece ser tão bacana haha. Lhe desejo todo sucesso nessas parcerias maravilhosas.

    Abraços
    colecoes-literarias.blogspot.com.br

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  6. Olá!

    Que linda história a dela! Não a conhecia mas adorei saber sobre ela. A história dela com os livros é até diferente do usual, do normal, com o avô, queria eu ter uma família que incentiva...

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  7. Oie, a entrevista foi bem bacana até mesmo porque eu não conhecia essa autora. Adorei o fato de ela ter começado tão nova, ainda mais insentivada pelo avô que de certa forma ajudou com ideias para o livro e ela ter criado um mundo tão diferente. Espero que os próximos projetos da rafaela possam ter muito sucesso como teve esse e espero também poder conferir alguma obra da autora.

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  8. OIe tudo bom?

    adoro essas entrevistas porque é muito bom conhecer mais do autor e do processo de criação do livro!
    Adorei a forma como ela foi incentivada a escrever, ter o apoio da família é mais do que especial, ainda mais do avô.

    =)

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  9. Oi..
    Nassa! tão fofa..
    parece ter uns 13 anos.
    é o que sempre falo, apoio da familia é tudo.
    bjs

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  10. Gente, que linda a Rafaela! Não conhecia a autora e adorei vê-la por aqui! E caramba, começou a escrever aos 13!
    Não conheço seu livro e fiquei bem curiosa para saber mais sobre ele. <3 Desejo todo o sucesso para ela!

    Beijos

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  11. Olá, tudo bem.

    Que bacana esta entrevista. E que linda esta escritora. Tão novinha e cheia de atitude, adorei. Não a conhecia, mas gostei muito de saber um pouco mais. Desejo todo o sucesso para ambas. e espero ver mais entrevistas por aqui. Uma ótima forma de conhecer novos escritores.

    beijos
    http://chalecult.blogspot.com.br/

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  12. Nossa! adorei!!!!

    puxa e que relação legal com avô...gente, tão nova e com tanta atitutde!!!

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  13. Olá, uma fofa a Rafaela, não conhecia o trabalho dela e já fiquei curiosa para conferir.

    Abraços

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  14. Não conhecia a autora ou o livro e adorei a entrevista! Fiquei curiosa em saber se a irmã dela não vai escrever também!
    Beijooo, Mari

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  15. Oiiie
    que legal a entrevista, é sempre bom saber mais sobre nossos autores, ainda não conhecia a autora ou sua obra mas bem legal saber mais sobre agora

    Beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

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  16. Oi.

    Não conhecia essa autora, gosto de entrevistar, a partir delas posso conhecer bastante dos autores e isso muitas vezes influencia na minha decisão de ler o livro da pessoa. Muito bom!


    Beijos.

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  17. Muito legal a entrevista! Parabéns! Abração!
    Maju Raz
    Sociedade do Livro

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